sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Marte 1













As botas de montanha deixam as marcas da minha passagem. Pegada a pegada, o trilho cresce e preenche a terra poeirenta. Já não me lembro de quando comecei a andar, mas as razões que engrenam as minhas pernas ainda estão presentes. Só paro quando esquecer, disse eu na altura, mas agora que as cãibras e as bolhas abrandam o meu passo, começo a pensar se alguma vez isso acontecerá.